Tudo Sobre o Exame de PAC
por Fga. Vanissia Vendruscolo
Exame de PAC deve ser feito pelo fonoaudiólogo
A avaliação específica do PAC no Brasil é realizada pelo fonoaudiólogo que tem conhecimento, treinamento e habilidade na aplicação dos testes, como também conhecimento na avaliação comportamental e na interpretação dos resultados obtidos (Pereira, 2014).
Esta avaliação é importante para a definição de uma conduta terapêutica adequada. Ela funciona como um mapa que direciona o fonoaudiólogo à escolha assertiva das estratégias para reabilitação auditiva.
Há uma abordagem de tratamento para os TPAC. Trata-se do treinamento auditivo. Até o presente, o treinamento auditivo tem sido alvo de pesquisas pelos audiologistas mais renomados com evidências mais convincentes do impacto positivo causado pelo tratamento. Hoje, a abordagem mais efetiva em termos de treinamento auditivo chama-se Treinamento Auditivo Cognitivo. Neste tipo de abordagem existe maior demanda de atenção, memória e linguagem, potencializando o desenvolvimento da aprendizagem do paciente. Saiba mais clicando aqui.
Pré requisitos para o exame de PAC
É necessário fazer exames de audiometria e impedanciometria antes do exame de PAC.
Os exames de audiometria e impedanciometria são parte da bateria de testes de PAC porque através destes exames verificamos alguns requisitos que são indispensáveis para a avaliação do PAC como:
- audição periférica, que deve ser suficiente (média de limiar tonal até 40dB NA)
- simetria dos limiares entre as orelhas
- índice de reconhecimento de fala (IRF) mínimo de 70% (e diferença desse índice não maior que 20% entre as orelhas) (Jorge, 2006).
Através do testes de audiometria é feito o cálculo da intensidade dos testes de PAC.
É preciso estar atento também nível de atenção compatível com a tarefa; função cognitiva compatível com a tarefa (compreensão das instruções no momento da testagem); habilidades de emissão e recepção de linguagem; faixa etária que permita aplicação dos testes (especificada na descrição e normatização de cada teste) (Jorge, 2006).
Bateria de testes de PAC
Testes padrão ouro para PAC. O que é isso?
PADRÃ-OURO é um método ou procedimento amplamente reconhecido como o melhor disponível (Farley – dicionário).
Chermak, Musiek, & Weihing (2017) afirmam que embora possa não haver um padrão-ouro aceito universalmente, temos um corpo considerável de pesquisas demonstrando a eficiência de testes auditivos centrais individuais e baterias de testes auditivos centrais com base no desempenho de indivíduos com lesões das vias auditivas centrais (Central auditory nervous System) confirmadas, incluindo lesões em crianças (Boscariol et al., 2015; Boscariol et al., 2010; Boscariol et al., 2009; Boscariol et al., 2010; Boscariol et al., 2011; 2011; Jerger, Johnson, & Loiselle, 1988).
Em agosto de 2020, foi desenvolvido um Guia de Orientação Avaliação e Intervenção no Processamento Auditivo Central, o qual orienta sobre a prática clínica em PAC,
Este guia foi elaborado por profissionais designados pelo CFFa em conformidade com a Portaria nº 309 de 11 de junho de 2019 e tem o objetivo de estabelecer diretrizes para orientar o fonoaudiólogo que atua nesse segmento.
No Brasil, existe uma bateria mínima exigida que deve ser considerada. Veja abaixo:
Referências
Boscariol, M., Garcia, V., Guimarães, C., Hage, S. Montenegro, M., Cendes, F., & Guerreiro M. (2009). Distúrbios do processamento auditivo em gêmeos com polimicrogiria perisilviana. Arquivos de Neuropsiquiatria, 67 (2), 499–501.
Boscariol, M., Garcia, V., Guimarães, C., Montenegro, M., Hage, S., Cendes, F., & Guerreiro, M. (2010). Transtorno do processamento auditivo na síndrome perisilviana. Cérebro e Desenvolvimento, 32(4), 299–304.
Boscariol, M., Guimarães, C.A., Hage, S., Cendes, F., & Guerreiro, M. (2010). Processamento auditivo temporal: correlação com dislexia do desenvolvimento e malformação cortical. Pró Fono, 22(4), 537–542.
Boscariol, M., Guimarães, C., Hage, S., Garcia, V., Schmutzler, K., Cendes, F., & Guerreiro, M. (2011). Transtorno do processamento auditivo em pacientes com comprometimento da aprendizagem de línguas e correlação com malformação do desenvolvimento cortical. Desenvolvimento Cerebral, 33(10), 824–831.
Boscariol, M., Casali, R., Amaral, M., Lunardi, L., Matas, C., Collela-Santos, M., & Guerreiro M. (2015). Linguagem e processamento auditivo temporal central nas epilepsias da infância. Comportamento da Epilepsia, 53, 180–183.
Chermak, G.D., Musiek F.E., & Weihing, J. (2017). Além das controvérsias: A ciência por trás do distúrbio do processamento auditivo central. The Hearing Review, 24(5), 20–24
Jerger, S., Johnson, K., & Loiselle, L. (1988). Disfunção auditiva central pediátrica: Comparação de crianças com lesão confirmada versus suspeita de distúrbios do processamento. American Journal of Otolaryngology, 9, 63-71.
Jorge, T.C. (2006). Avaliação do processamento auditivo em pré-escolares. (Dissertação de Mestrado). Retirado de http://www.bibliotecadigital.puc-campinas.edu.br/tde_arquivos/6/TDE-2006-06-12T111253Z-1169/Publico/THELMA.pdf
Pereira, K.H. (2014). Manual de Orientação Transtorno do Processamento Auditivo – TPA. Florianópolis, SC; DIOESC.
Para mais informações acesse: Plataforma PAC Online – tudo o que você precisa saber.
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www.paconlineoficial.com.br
Fga.Ms. Vanissia Vendruscolo
CRFa2.8393
🔅Especialista em Audiologia Clínica- Santa Casa de Misericórdia de SP 🇧🇷
🔅Mestre em Ciências da Educação pela Universidade do Minho – Braga 🇵🇹
🔅 Fundadora e Produtora da Plataforma de Treinamento Auditivo Cognitivo & Linguagem PAC Online
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